“Os Óculos do Coelho Cenourinha” (e não só)
Este livro infantil (que eu tive a sorte de ter toda a colecção) começa assim:
“Toda a questão começou quando Cenourinha, o coelhinho de peluche, encontrou um par de enormes óculos que estavam caídos nuns ramos ao pé da janela. Colocou-os sobre o nariz, ficando a julgar-se muito mais importante que anteriormente...E metendo as patitas nos bolsos, pôs-se a passear pelo jardim.
Ora, como não via bem com os óculos, tropeçou sem querer nuns paus que os outros brinquedos tinham junto para fazer uma fogueira para o piquenique.
Isto causou ao Cenourinha uma grande contrariedade. Por isso, resolveu escrever um aviso que dizia: «Não se podem fazer piqueniques no jardim»”
Ao começarmos a ler esta pequena história, alguns podem estar tão presos à realidade que dizem: “Isto não faz sentido nenhum, um coelho de peluche!...” (consequente abanar de cabeça e mudança para novo blog).
Agora para os adultos com um poder de abstracção maior, isto não vos lembra nada?
Já reparam como tratamos e somos tratados por pessoas que aparentam ser importantes?
Já reparam que muitas pessoas que chegam a determinado cargo, mesmo sem serem Doutores ou Engenheiros, adoram que assim os tratem e nem repõem a verdade?
Já reparam que há gente que se endivida para comprar um carro topo de gama e tem uma casa péssima, só porque o carro é possível ser transportado e, portanto, admirado pelos outros?
Já reparam que as pessoas que ascendem a algum cargo de poder e/ou de decisão, trata logo de ditar ordens novas mas não as assina por baixo?
Já reparam que existem pessoas que usam chaves de carros falsos só para dizerem que são de outro extracto social?
Já reparam que existem pessoas que têm nomes vulgares como António da Silva, mas como tiveram a oportunidade de estudar e terem um trabalho menos laborioso do que o seu pai, obrigam as pessoas “inferiores” a trata-los por Sr. da Silva?
Pois é, e se lhes tirássemos os óculos que os fazem sentirem-se tão importantes só porque os acharam?
Eu gostava, fazia-me bem à psique!
“Toda a questão começou quando Cenourinha, o coelhinho de peluche, encontrou um par de enormes óculos que estavam caídos nuns ramos ao pé da janela. Colocou-os sobre o nariz, ficando a julgar-se muito mais importante que anteriormente...E metendo as patitas nos bolsos, pôs-se a passear pelo jardim.
Ora, como não via bem com os óculos, tropeçou sem querer nuns paus que os outros brinquedos tinham junto para fazer uma fogueira para o piquenique.
Isto causou ao Cenourinha uma grande contrariedade. Por isso, resolveu escrever um aviso que dizia: «Não se podem fazer piqueniques no jardim»”
Ao começarmos a ler esta pequena história, alguns podem estar tão presos à realidade que dizem: “Isto não faz sentido nenhum, um coelho de peluche!...” (consequente abanar de cabeça e mudança para novo blog).
Agora para os adultos com um poder de abstracção maior, isto não vos lembra nada?
Já reparam como tratamos e somos tratados por pessoas que aparentam ser importantes?
Já reparam que muitas pessoas que chegam a determinado cargo, mesmo sem serem Doutores ou Engenheiros, adoram que assim os tratem e nem repõem a verdade?
Já reparam que há gente que se endivida para comprar um carro topo de gama e tem uma casa péssima, só porque o carro é possível ser transportado e, portanto, admirado pelos outros?
Já reparam que as pessoas que ascendem a algum cargo de poder e/ou de decisão, trata logo de ditar ordens novas mas não as assina por baixo?
Já reparam que existem pessoas que usam chaves de carros falsos só para dizerem que são de outro extracto social?
Já reparam que existem pessoas que têm nomes vulgares como António da Silva, mas como tiveram a oportunidade de estudar e terem um trabalho menos laborioso do que o seu pai, obrigam as pessoas “inferiores” a trata-los por Sr. da Silva?
Pois é, e se lhes tirássemos os óculos que os fazem sentirem-se tão importantes só porque os acharam?
Eu gostava, fazia-me bem à psique!
6 Comments:
Eu li o Coelho Cenourinha...!!!!! Ainda em choque para comentar o restante post.
O Coelhinho Cenoura!!!
Pois é, a vida é...
Mas é assim. Onde eu moro não à Doutores, nem Engenheiros, só pessoas.
Diferentes.
Excelente post.
Gostei muito da tão pertinente analogia!
Por acaso nunca li as histórias do Coelhinho:(
Beijinhos
bom dia
cheguei ao teu blog atraves de uma pesquisa sobre os livros das edições Majora.
Tenho 20 livrinhos desses, e como escreveste k tinhas a colecção completa... será que me sabes dizer quantos livros é k são?
Muito obrigada
Patricia Rodrigues
Li este livro quando tinha uns 8 anos estou com 49 anos e até hoje me lembro das lições Desa pequena história.
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